Que dizem ser meus amigos, e quando por
mim não
Fazem nada para provar que são.
“Antes
só do que mal acompanhado” é o que o adágio popular diz,
Mas viver só é um fardo muito pesado
Pois sem poder contar com os que estão do
lado
Nada se pode fazer.
A gente se cansa de ter tudo guardado,
escondido
Dentro de nós, sem poder dizer o que sente
E vivendo meio descontente
Ter que levar a vida assim.
A quem vamos falar o que estamos sentido?
E quem vai nos escutar no meio de toda
essa multidão?
Quem irá nos socorre quando soltarmos o
grito?
Quem jogará nos salvará quando estivemos
no meio do mar?
Pois se cada um de nós estamos neste
conflito
Sem saber qual será a solução!
Dentro de nós parece tudo muito confuso
Sem as devidas explicações.
Um vasto caminho a ser percorrido
Das nossas lembranças e dos ocorridos
Das nossas insignificâncias, e impotentes
A todos os nossos sentimentos mais
latentes
Que sobrepuja a nossa alma manchada pela
dor.
O espinho na nossa alma atravessa o nosso corpo
Já como quase meio morto pois envolvidos
estamos
E sujeitos as paixões, que as vezes não
conseguimos domina-la
Entranhada está, e o que resta a fazer? Deixa-la
viver
Ou mata? O que está dentro de nós.
Nos despimos a nós mesmo diante do espelho
E vemos quem nós somos.
Se há um velho ou um novo homem vivendo aqui
Não sei! Mas saberemos quando este homem
interior
Se manifestar.
Não devemos estranhar nem nos escandalizar
Pois se o nosso interior estiver
aprisionado em cadeias
E ao tronco arrastado para ser açoitado.
Talvez seja preciso, a fim de que seja
retirado toda rapina
De maldade do nosso coração.
Pois é de lá! De dentro, bem no fundo,
escondido e mais profundo
Onde ninguém pode ver ou encontrar
Que verdadeiramente está o nosso eu.
Uma pequena candeia que dentro de nós
reluz
Iluminado esta vasta imensidão da escuridão
interminável
Que habitar no nosso interior.
Porém, por mais sombrio que esteja a luz
na sua pouca consistência
Afasta o mal que habita em nós
Pois, se quero o bem que prefiro, mas o
mal que não quero, esse faço.
Luto contra somente a mim mesmo
Tentando vencer o vazio do meu ser
Logo, procuro ajuda naquele que pode por
mim tudo fazer
Então como lidamos com nós mesmo?
Com toda essa bagagem e peso?
Como administramo-nos diante de tal realidade?
Como nós resolvemos?
Sabendo que sujeito a tudo isto seremos
Mas é de dentro de nós que deve começar o
processo
De recolocação, de superação e de
autoafirmação
Pois cada um de nós deve se encontrar
Mesmo que cego estejamos por dentro
Mas a cada passo que dermos no labirinto
da nossa alma
Deus irar nos ajudar!
Pr. Edmundo Mendes Silva