quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A SOLIDÃO DE DENTRO

De que me adianta está cercado de muitas pessoas
Que dizem ser meus amigos, e quando por mim não
Fazem nada para provar que são.
“Antes só do que mal acompanhado” é o que o adágio popular diz,
Mas viver só é um fardo muito pesado
Pois sem poder contar com os que estão do lado
Nada se pode fazer.

A gente se cansa de ter tudo guardado, escondido
Dentro de nós, sem poder dizer o que sente
E vivendo meio descontente
Ter que levar a vida assim.

A quem vamos falar o que estamos sentido?
E quem vai nos escutar no meio de toda essa multidão?
Quem irá nos socorre quando soltarmos o grito?
Quem jogará nos salvará quando estivemos no meio do mar?
Pois se cada um de nós estamos neste conflito
Sem saber qual será a solução!

Dentro de nós parece tudo muito confuso
Sem as devidas explicações.
Um vasto caminho a ser percorrido
Das nossas lembranças e dos ocorridos
Das nossas insignificâncias, e impotentes
A todos os nossos sentimentos mais latentes
Que sobrepuja a nossa alma manchada pela dor.

O espinho na nossa alma atravessa o nosso corpo
Já como quase meio morto pois envolvidos estamos
E sujeitos as paixões, que as vezes não conseguimos domina-la
Entranhada está, e o que resta a fazer? Deixa-la viver
Ou mata? O que está dentro de nós.

Nos despimos a nós mesmo diante do espelho
E vemos quem nós somos.
Se há um velho ou um novo homem vivendo aqui
Não sei! Mas saberemos quando este homem interior
Se manifestar.

Não devemos estranhar nem nos escandalizar
Pois se o nosso interior estiver aprisionado em cadeias
E ao tronco arrastado para ser açoitado.
Talvez seja preciso, a fim de que seja retirado toda rapina
De maldade do nosso coração.
Pois é de lá! De dentro, bem no fundo, escondido e mais profundo
Onde ninguém pode ver ou encontrar
Que verdadeiramente está o nosso eu.

Uma pequena candeia que dentro de nós reluz
Iluminado esta vasta imensidão da escuridão interminável
Que habitar no nosso interior.
Porém, por mais sombrio que esteja a luz na sua pouca consistência
Afasta o mal que habita em nós

Pois, se quero o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.
Luto contra somente a mim mesmo
Tentando vencer o vazio do meu ser
Logo, procuro ajuda naquele que pode por mim tudo fazer

Então como lidamos com nós mesmo?
Com toda essa bagagem e peso?
Como administramo-nos diante de tal realidade?
Como nós resolvemos?
Sabendo que sujeito a tudo isto seremos
Mas é de dentro de nós que deve começar o processo
De recolocação, de superação e de autoafirmação
Pois cada um de nós deve se encontrar
Mesmo que cego estejamos por dentro
Mas a cada passo que dermos no labirinto da nossa alma
Deus irar nos ajudar!

 


Pr. Edmundo Mendes Silva